quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A volta do crime do colarinho branco

E dessa vez foi cometido pelos irmãos Luigi Fernando Milone e Attílio Milone, sócios proprietários da Casa & Vídeo. De acordo com a Polícia Federal, a operação Negócio da China atingiu o auge nesta terça com as prisões dos os donos da empresa de varejo, que está envolvida em crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, descaminho, evasão de divisas e formação de quadrilha. A PF em conjunto com a Receita Federal, o Ministério Público Federal e a Justiça Federal cumpriram 21 mandados de busca e apreensão – dois em Vitória (ES) e o restante no estado – e 13 de prisão, estes no Rio. Uma pessoa ainda está foragida. Em dois anos, o esquema pode ter sonegado R$ 100 milhões. O superintendente da PF, Valtinho Jacinto Coelho, comenta que cerca de 50 empresas de importação, que também tinham sede nas Ilhas Virgens Britânicas, estavam envolvidas no esquema com a rede de varejo e atuavam como laranjas para trazer os produtos da China. “A rede varejista fazia o planejamento de compras com exportadores da China. Outra empresa, uma extensão da mesma rede, adquiria a mercadoria, pagava um preço acertado com o comprador e emitia as notas subfaturadas. Ou seja, as mercadorias chegavam com preço muito abaixo do pago lá fora. E havia também empresas ligadas à mesma rede que forneciam notas frias por trabalhos não prestados que entravam na contabilidade da rede de lojas (Casa & Vídeo) para abater do imposto de renda”– explicou Valtinho. Segundo superintendente, a origem do dinheiro ainda está sendo investigada, mas pelo tipo de esquema, com dificuldade de identificação dos sócios e blindagem de patrimônio, é ilícito. E acrescenta que há suspeita que o dinheiro para compra dos produtos importados vinha de paraísos fiscais.

Em nota, a Casa & Vídeo declarou “que aguarda com serenidade a apuração dos fatos relativos ao acontecimento amplamente divulgado no dia de ontem”. E ainda comunicou que o funcionamento das lojas seguirá normalmente. Cerca de 500 agentes dos órgãos envolvidos na operação vasculharam escritórios e lojas da empresa, depósitos de mercadorias e residências das pessoas envolvidas. Os presos foram encaminhados à sede da PF e, depois, transferidos para o sistema carcerário de Água Santa. Ao todo, foram apreendidos oito carros blindados e mercadorias que encheriam 80 carretas. Todo o material foi levado para a Base de Abastecimento da Marinha, na Penha (Zona Norte), escoltado pela PF.

3 comentários:

Anônimo disse...

Estou gostando da evolução que o Blog teve nos últimos dias. Quando vai fazer parte do site da Rádio Globo?
a tempo: preciso falar com o Gelcio ou a Pryscilla. Meu telefone é 9343 4894, pode também me passar um torpedo.
JC

Unknown disse...

que coisa uma das maiores redes de magazine fazendo isso eim rsrs onde vamos parar???

Anônimo disse...

unboxaÉ irregularidade pra tudo quanto é lado. Tá feia a coisa.
Abs Alessandra