No fim do ano passado, a chuva que castigou Santa Catarina, deixando 135 mortos e mais de 78 mil desabrigados. No Norte Fluminense, onde outras 12 pessoas morreram e 32 mil perderam tudo também por causa das fortes chuvas, sensibilizaram o País e provocaram um mutirão de solidariedade. Mas boa parte dos donativos enviados de vários cantos do estado, porém, não teve como destino os mais necessitados: foi queimada no 21º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), em São Cristóvão. Isso é uma falta de respeito e desestímulo à solidariedade dos que fizeram com as doações. A unidade, que pertence ao Exército e está cedida aos bombeiros. Que ainda tem enorme quantidade de roupas e brinquedos doados para minimizar o sofrimento das vítimas. Esse material começou a ser guardado num grande galpão no fim de novembro, mas as condições de armazenamento foram péssimas. As doações ficam expostas a pombos, cachorros e baratas; uma vergonha! Foi na tarde de quinta-feira da semana passada, cerca de 30 recrutas realizaram o trabalho: eles juntavam roupas e outros produtos — alguns ainda dentro de caixas fechadas — e formavam uma pilha para que se ateasse fogo nos fundos da unidade. As doações se encontravam em bom estado. Eram objetos, como sandálias femininas, tênis, colchonetes, agasalhos e brinquedos, além de uma banheira e de um carrinho de bebê azul e amarelo. Sem proteção adequada, o carrinho estava coberto de fezes de aves. Para o Superintendente da Defesa Civil Estadual, coronel Djalma Souza Filho, era uma decisão que a tinha que ser tomada. “Incinerar o que está sujo, que não está em condição de uso, porque esse material pode estar contaminado. Como estamos utilizando um depósito em caráter emergencial, então não tinham todo o conhecimento da condição desse lugar. O que aconteceu? Como isso é um galpão aberto, à noite, no final da tarde, os pombos ficavam ali, mas a gente não sabia disso, por isso os pombos sujaram o carrinho. Nós tínhamos também uma cadeira de rodas, mas conseguimos limpar e guardar”, disse o oficial.
Tanta gente precisando e as nossas autoridades agindo de forma. Não era só em Florianópolis que se precisava dessas doações. As cidades do Norte Fluminense também tiveram seus desabrigados. Não se esquecendo do Nordeste, os orfanatos e os asilos que precisam e muito de donativos. A que ponto chegamos no Brasil?
Um comentário:
Completa covardia sem noçao os que fizeram isso...
marcos jorge
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