quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Analfabetismo uma questão social

Hoje vim questionar a situação do analfabetismo no Brasil e a importância da escola pública, gratuita e de qualidade. Cada vez é maior o número de crianças fora do ambiente escolar. Às vezes por um simples descaso de seus pais, mais a maioria por causa de ter que ajudar a sustentar a casa. E com isso o analfabetismo passa a ser um dos fatores da desigualdade e exclusão de muitos brasileiros. Para essas pessoas, é muito difícil ser excluído pela sociedade alfabetizada. Eles passam a não fazer parte desse mundo de informações que nós hoje nos encontramos e com isso carregam em si um o sentimento de culpa e vergonha. Eles por si mesmos acabam se considerando "cegos sociais" porque não conseguem decodificar o código escrito ao seu redor. Um País como o nosso não pode se encontrar em uma situação dessas. O que adianta um projeto bom como o “bolsa família”, se só estamos dando o peixe já pescado e não estamos ensinando a pescar. O descaso do governo a nossa educação, fica muito transparente nos programas de alfabetização de jovens e adultos, que oferecem um diploma pelo pouco de conhecimento por eles obtidos. Acabam não tendo a menor preocupação com aqueles indivíduos que nunca registraram seu nome em um escola. Esta aí a importância com a quantidade do ensino que os nosso governantes tem com esse tipo de projeto.

Não temos que considerar só como analfabetos apenas aqueles que não sabem ler e nem escrever. São também, aqueles que não sabem interpretar uma simples informação qualquer, embora saibam ler e escrever. O nosso presidente deve se preocupar mais com relação à nossa educação e a proporcionar uma escola pública de qualidade. Vou da o exemplo de um País bem pertinho, a Bolívia, um padrão de pais social e culturalmente mais pobre que o Brasil. Mas ele, no entanto, tem uma porcentagem bem menor de analfabetos em todo país. O analfabetismo é um problema social e tem que ser resolvido pelos dirigentes de nosso pais. Sendo assim, os cidadãos possam viver com dignidade humana e exercer a sua cidadania. Essa situação é de interesse da minoria dos brasileiros e provoca uma divisão entre proprietários (patrões) e seus trabalhadores, Fixando o distanciamento entre as classes sociais e a consciência da não mobilidade social. E muitos deles nem sequer conseguiram inserir-se no mercado de trabalho, restando apenas trabalhos informais sem garantia alguma. Será que é esse o futuro que queremos para o nosso país?

Acho que não! Só que ainda são pouco os que chegam a terminar todo o ensino médio. Muito param no meio do caminho para trabalhar. No outro dia, ouvi a história de um menino que afirmava que deixou de ir à escola para ser trocador de transportes alternativos. Ele ganhava em torno de R$1,00 por cada viagem. Se em um dia ele faz 50 viagens, isso lhe renderia R$50,00. Se trabalhar cinco dias na semana isso lhe daria R$250,00 por semana; num total de R$1.000,00 por mês. Um valor muito maior que um chefe de família ganha. Boa parte das famílias brasileiras se sustenta apenas com um simples salário mínimo. Então pergunto: será que nesse caso é preciso estudar? Para essa criança não é muito melhor trabalhar assim e ter um dinheirinho para comprar as suas coisinhas. Mas onde fica o seu futuro?

Diante de tudo isso, vemos que é necessário promover a educação do povo brasileiro para a valorização das escolas públicas. E fornecer a eles um ensino de qualidade, não de fachada como temos visto. Exercendo seus direitos e deveres num contexto da cidadania democrática são o mínimo que eles merecem. Se não, a desigualdade e a exclusão social irá permanecendo através dos tempos.

Um comentário:

mary disse...

ola
gostei muito do "post" sobre analfabetismo.
sou acadêmica de nutrição e estou fazendo um trabalho sobre analfabetismo na disciplina de sociologia. e esse "post" me ajudou a clarear um pouco a mente, nao tinha nem idéia do que colocar no trabalho até lê-lo.