Apesar de mais aliviada e depois de passar o dia à base de medicamentos, Pepita Rodrigues não conseguiu conter o choro logo após saber que foi concedido o habeas corpus ao seu filho que, segundo ela, foi preso injustamente. Ela é mãe do ator Dado Dolabella, que foi preso por ficar perto de sua ex-namorada a atriz Luana Piovani em camarote, no carnaval do Rio.
Pepita sempre foi uma sogra carinhosa com Luana. Muito amigas, chegaram até a viajar juntas. Mas segundo ela, hoje não sente mais nenhuma pontinha de raiva da moça. “Só sinto pena dela por estar tomando atitudes assim. Atitudes que não gostaria que uma filha minha tomasse. Agora, só estou esperando o meu filho chegar. Não quero mais pensar em nada. A prisão de Dado foi como se fosse um filme a que você está assistindo e você não pode interferir. Foi uma coisa tão louca, tão injusta... Meu filho não é bandido, mas está sendo tratado como tal. Não sei o motivo dessa maldade.” Dado foi preso nesta terça-feira (17), por ter desrespeitado uma decisão do I Juizado de Violência Doméstica do Rio, que determinava que ele deveria se manter a 250 metros de distância da ex-namorada Luana Piovani. No carnaval, Luana e Dado estavam no mesmo camarote e num baile no Museu de Arte Moderna (MAM). O advogado afirmou que se Dado e Luana estiveram no mesmo ambiente, não foi intencional. "Ele procura manter distância da Luana, não quer nem vê-la. isso é um exagero. Ele não é um bandido", defendeu Assef Filho. Ele chamou de "atitude infeliz" o gesto do ator de ter posado, no camarote em questão, com uma fita métrica. "Em momento nenhum ele quis ironizar uma decisão judicial. Mas mostrar que a estava cumprindo, a pedido de jornalistas", afirmou. O pedido de prisão se fundamentou numa petição feita pela defesa de Luana. "Essa providência foi provocada pela suposta vítima", explica Assef Filho, que afirma ainda que fotos de Dado no camarote constam na decisão judicial. De acordo com o processo, Dado está também proibido de manter contato com a atriz por qualquer meio de comunicação. Pepita conta que estava com o filho no momento da prisão em uma clínica, fazendo curativos no joelho, pois ele tinha se machucado jogando bola e ainda não tinha ido ao médico. Quando a delegada da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), chegou informando que ele tinha que acompanhá-la declarando apenas que tinha uma ordem de prisão, e que ele teria que ir para a delegacia naquela hora. “Eu quis ir junto, mas o Dado pediu que eu ficasse para ligar para o advogado. Ele também não quis me expor, porque achava que poderia ter a presença da imprensa.” Ela ainda afirma que nem a família nem o advogado sabiam dessa nova ordem de prisão. “Mas ninguém explicou o motivo da prisão. Até o advogado ficou tão surpreso quanto nós. Ninguém tinha falado que tinham entrado com outra ação ou pedido a prisão do meu filho. Ainda bem que estávamos com o motorista, pois fiquei sem
condições de andar. Não tinha sentido isso tudo que estava acontecendo. O próprio advogado disse que nunca aconteceu antes uma situação dessas”; desabafa Pepita. Enquanto ele estava indo de uma Polinter para outra, Pepita conta que conseguiu falar com ele, mas ligou para outra pessoa porque seu filho estava sem celular. “Eu só chorava. E o Dado, o meu filho (fala chorando) dizia: “Mãe, não chora. Está tudo bem.” Ele me consolou o tempo todo. Eu tenho um filho tão lindo, tão bom. Ele é tão amigo dos amigos, tão querido. Ele não é um filho ruim. Não entendo porque só querem o mal dele.” .” Ao deixar a prisão por volta das 21h desta quarta-feira (18), Dado disse acreditar na Justiça e desabafou: "A Justiça tarda, mas não falha. Estou aliviado".
Nenhum comentário:
Postar um comentário