O jor
nal histórico carioca TRIBUNA DA IMPRENSA, fundado pelo jornalista Carlos Lacerda em 1949, deixou temporariamente de circular em versão de papel por motivos financeiros. É simplesmente lamentável que um jornal do qual sempre tirávamos matérias e artigos interessantes, gramaticalmente, eticamentente e jornalisticamente perfeitos acabe assim. O jornal era de uma leitura prazerosa para os que gostam de um bom texto. Sabia manter o seu lado crítico, combativo, sem ter radicalismos. Em 1981, a ditadura explodiu a sede da Tribuna, na Rua do Lavradio, centro do Rio, o jornal quase não sai. Mesmo assim, o jornalista Hélio Fernandez e companhia não deixaram por menos: compraram papel, foram até uma gráfica e passaram
a madrugada rodando uma edição menor do jornal, mas que conseguiu sair. A manchete do dia, destemida, genial e criativa como só Helio sabe fazer: “A DITADURA VAI ACABAR. NÓS, NÃO”. A tribuna da imprensa era de longe o jornal mais independente e construtivo da imprensa brasileira. Sua forma de fazer jornalismo é daquelas que só pelo amor a esta bela arte da comunicação se constrói. A revisão histórica que comprovava a cada dia e a cada nova edição as idéias próprias de quem não se deixa influenciar, com autonomia de julgamento e ação do seu conselho editor
ial, colunistas e colaboradores em geral, os quais nutriam entre si uma segurança na correção e firmeza na abordagem factual dos acontecimentos, que se manifestava em um jornal denso e sério, que não poderia, de forma alguma, ser desconhecido do público. Ao que parece, o judiciário e a falta de patrocínios conseguiram o que a ditadura não conseguiu. Em 2001, o jornal Tribuna Da Imprensa teve a sua falência decretada e acesso lacrado, em razão do pedido feito pelo desembargador Paulo César Salomão, pelo não pagamento de uma indenização por danos morais decorrente de um processo contra o jornal, no qual Salomão se sentiu atingido por um artigo publicado em 1994.
nal histórico carioca TRIBUNA DA IMPRENSA, fundado pelo jornalista Carlos Lacerda em 1949, deixou temporariamente de circular em versão de papel por motivos financeiros. É simplesmente lamentável que um jornal do qual sempre tirávamos matérias e artigos interessantes, gramaticalmente, eticamentente e jornalisticamente perfeitos acabe assim. O jornal era de uma leitura prazerosa para os que gostam de um bom texto. Sabia manter o seu lado crítico, combativo, sem ter radicalismos. Em 1981, a ditadura explodiu a sede da Tribuna, na Rua do Lavradio, centro do Rio, o jornal quase não sai. Mesmo assim, o jornalista Hélio Fernandez e companhia não deixaram por menos: compraram papel, foram até uma gráfica e passaram
a madrugada rodando uma edição menor do jornal, mas que conseguiu sair. A manchete do dia, destemida, genial e criativa como só Helio sabe fazer: “A DITADURA VAI ACABAR. NÓS, NÃO”. A tribuna da imprensa era de longe o jornal mais independente e construtivo da imprensa brasileira. Sua forma de fazer jornalismo é daquelas que só pelo amor a esta bela arte da comunicação se constrói. A revisão histórica que comprovava a cada dia e a cada nova edição as idéias próprias de quem não se deixa influenciar, com autonomia de julgamento e ação do seu conselho editor
ial, colunistas e colaboradores em geral, os quais nutriam entre si uma segurança na correção e firmeza na abordagem factual dos acontecimentos, que se manifestava em um jornal denso e sério, que não poderia, de forma alguma, ser desconhecido do público. Ao que parece, o judiciário e a falta de patrocínios conseguiram o que a ditadura não conseguiu. Em 2001, o jornal Tribuna Da Imprensa teve a sua falência decretada e acesso lacrado, em razão do pedido feito pelo desembargador Paulo César Salomão, pelo não pagamento de uma indenização por danos morais decorrente de um processo contra o jornal, no qual Salomão se sentiu atingido por um artigo publicado em 1994. 
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