segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Estudantes brasileiros se debruçam sobre a reciclagem, que já emprega 500 mil pessoas no Brasil

É interessante constatar o quanto nós brasileiros somos criativos e capazes de inovar com tão pouco investimento em educação. Os alunos e professores de pós-graduação têm se dedicado a projetos que transformam material proveniente do lixo e do esgoto em trabalhos inovadores e premiados. Além de ecológico, o aproveitamento do lixo pode ser rentável. O relatório "Empregos verdes: trabalho decente em um mundo sustentável e com baixas emissões de carbono", da Organização Mundial do Trabalho (OIT), divulgado em setembro, mostrou que as tentativas de frear o aquecimento global estão criando empregos. Na área de energias renováveis, por exemplo, existem hoje cerca de 2,3 milhões de postos de trabalho que nas pesquisas mostram a transformação de toda matéria descartada pode ser rentável, além de ecológicmundo, que podem chegar a 20 milhões até 2030, segundo a OIT. O Brasil é citado no relatório na gestão de dejetos e reciclagem. O país emprega 500 mil pessoas no setor, número que deve crescer nos próximos anos, com a alta de preço das matérias-primas. As nossas riquezas históricas são encontradas no lixo.Um exemplo prático da geração de emprego a partir do reaproveitamento de detritos está na pequena empresa de coleta seletiva de lixo que funciona no bairro de São Francisco, Niterói, e que esbanja o título de ser a primeira do Brasil. O empreendimento foi aberto em 1985 pelo filósofo e professor da pós-graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF) nas áreas de gestão e ciência ambiental, Emílio Eigenheer, depois de uma viagem à Alemanha. Lá fervilhavam as discussões sobre a importância da coleta seletiva, conceito que ele trouxe para cá. A empresa emprega seis moradores e serve de laboratório para pesquisas da UFF. Apesar disso ainda existem brasileiros que preferem acreditar que somos subdesenvolvidos se escondendo atrás de uma máscara de pobre-coitados. Se nós mesmos não valorizamos o nosso povo, quem irá fazer? Falar é muito fácil, o difícil é cada um fazer a sua parte.

Um comentário:

Anônimo disse...

MARCOS J.: E O BRASIL SEMPRE TOMANDO NA CABEÇA POR SER E ESTAR EM CONDIÇOES SB HUMANAS PARA A SOBREVIVENCIA DE NOSSO POVO.