terça-feira, 28 de outubro de 2008

Entrevista

O australiano Rodney Spolding, um dos maiores especialistas em comércio exterior em atividade no Rio de Janeiro, está no Brasil há sete anos, atraido por uma brasileira, que conheceu em Canberra, a 250 quilômetros de Sidney. Aos 40 anos ele não esconde sua intenção em voltar para seu país, por um simples motivo: dar segurança e mais qualidade de vida aos seus dois filhos: uma menina de 4 anos, e um menino de 2 anos, que têm dupla cidadania, brasileira e australiana. Rodney tem o apoio da esposa, de 34 anos, que como o marido está meio decepcionada com a cidade maravilhosa e os políticos brasileiros e bastante preocupada com a insegurança. Ao receber nosso repórter em sua casa, na Lagoa, o executivo respondeu algumas perguntas:
Blog: o senhor tinha medo de sair as ruas quando veio para o Brasil, em setembro de 2001?
Rodney: medo nenhum, pelo contrário andava bem tranquilo.
Blog: quando chegou ao Rio já havia acontecido o atentado as torres gêmas em Nova Iorque?
Rodney: desembarquei no Aeroporto do Galeão um dia antes, 10 de setembro, a tempo de ver pela televisão aquelas imagens assustadoras.
Blog: o senhor acha que o mundo mudou de lá para cá?
Rodney? claro que sim, a maior potência do mundo, que até então se considerava intocável, descobriu que a coisa não é bem assim. E a visão dos americanos certamente mudou.
Blog: o que no Brasil, além da corrupção e da violência, é diferente da Austrália:
Rodney: a escola pública de boa qualidade. Lá ninguém precisa procurar um bom colégio particular para o filho estudar. O ensino público é do mesmo nível que o particular e nas cidades do interior só tem escola pública.
Blog: como é o relacionamente sexual dos jovens em seu país?
Rodney: bem livre, a vontade, lá você encontrou com uma garota na rua e gostou dela, na mesma hora vai para cama se ela tiver vontade. A maioria dos jovens mora só e isso facilita.
Blog: isso significa que os casamentos tradicionais e a constituição de famílias estão acabando na Austrália?
Rodney: não. Lá existem famílias como no Brasil e qualquer outro lugar do mundo e os casamentos continuam acontecendo em exaustão.
Blog: na Austrália as drogas são liberadas?
Rodney: não. Traficar é considerado crime como no Brasil, mas dependendo do Estado as pessoas podem cultivar ervas, como a maconha, em suas próprias casas.

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